segunda-feira, 14 de julho de 2014

Valorizando o Profissional de Enfermagem.


Durante o a evolução social do homem o trabalho desempenhou papeis diversos que iam desde a divisão do trabalho pelo sexo e idade no período histórico correspondente ao matriarcado no qual a atividade eram voltadas para a subsistência e socialização dos indivíduos; e no qual o trabalho tinha uma função social de satisfação e realização pessoal para o trabalho como meio de sobrevivência no atual sistema econômico patriarcalista vigente o capitalismo, no qual o trabalho é fruto da necessidade de sobreviver na sociedade do consumismo exacerbado, onde só se vale pelo que produz enquanto profissional empregado e pelos bens que se acumula tanto financeiros como o intelectual. O trabalho nesta nova fase é o fim e o meio pelo qual se vive sustentando uma politica social de exploração das classes dominantes e onde o produto do trabalho é o que torna uma pessoa um indivíduo valorizado pelos seus iguais.Assim sendo como reconhecer o valor de um profissional que realiza um serviço e não um produto tangível ao manuseio esta é a questão.

“A cada segundo suas necessidades, de cada um, segundo sua capacidades”.
   Ernest Borneman.

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* Graduanda de Enfermagem na Universidade Federal de  Alagoas.
* Colaboradora  no Laboratório de Pesquisas no Tratamento de Feridas.

 Palavras-chave:
Enfermagem; Profissional; Trabalho; Segurança; NR32; Controle de infecções.


No Livro O que é trabalho, no capitulo ,( O que o trabalho ainda não é, mas pode ser); a autora(ALBORNOZ, Suzana.) explicita, que no socialismo o trabalho viria a ser uma fonte de prazer tal qual o trabalho intelectual dos artistas que produzem saberes abstratos que alimentam a alma, o esforço pela sobrevivência  seria trocado pelo prazer de fazer aquilo que se gosta. Através da leitura do texto visualizei um discurso de alguém que estudou a sociedade e que através de Karl Marx encontrou um parâmetro sobre como as coisas deveriam ser mas que na conjuntura do capitalismo não é possível.

O trabalho é uma moeda de troca de valor inestimado mas subvalorizado  onde existe uma inversão de valores, onde o homem é dominado pelo seu modo de produção, o seu saber não é respeitado se não atender aos padrões de saber científico, e a mais valia de suas mãos se tornam as algemas de sua alma fadada a processos de submissão contínuos.Tal qual Karl Marx o texto  defende a tese de que quando os operários derem o devido valor ao que produzem através de seus esforços juntarão as mãos e formarão  a revolução operaria, a qual, marcará o fim da dominação de poucos sobre muitos, através de assembleias operarias organizadas as quais criarão delegados  representativos eleitos para defenderem as necessidades de todos e não os seus próprios interesses. A gestão Operaria a qual nunca aconteceu.

Em um comparativo sobre o desprendimento econômico e pensamento no bem da coletividade o Brasil criou o SUS, Sistema Único de Saúde, sob os princípios do socialismo e que devido a negligencia de uns e interesses de uma minoria dominante sofre constantes abusos e negligências mas que mesmo assim ainda serve de referencia como modelo de  saúde para o mundo e através do seu objetivo de ser:  “universal, integral e gratuito”.

Através da leitura do livro pude compreender o modo como o trabalhador é visto pelo empregador.Quando em campo observando nas Lojas Americanas do Shopping Maceió, visualizei o quanto o modo de produção pode ser estressante; Horários de entrada, refeições e saída; excesso de trabalho, observação constante do  trabalho através de superiores e de colegas de trabalho, o jogo de interesses e a constante ameaça da perda do emprego, as condições mínimas de trabalho, o baixo conforto no exercer da atividade profissional( espaços limitados para a efetuação de múltiplos afazeres) tudo isto contribui para o adoecer do empregado através de lesões por esforço repetitivos e ausências de APIs, mesmo tendo sido há muito tempo o processo de revolução industrial, as baixas condições as quais o onde empregador submete o empregado a exerce a função ainda são muito próximas e péssimas é necessária uma visão humanista sobre qualidade de vida no trabalho para um exercer saudável de função a qual traria maior lucratividade ao empregador mas o investimento nisso ainda é considerado um gasto desnecessário.

Fazendo um comparativo com o modo como as classe de enfermagem e tratada no país é possível notar que por mais dedicada e necessária que seja a atividade profissional os enfermeiros e técnicos em enfermagem são tratados como como mão de obra descartável, não se oferece condições, se exige o máximo no empenho da função, não se valoriza o pessoal e se algo der errado pelo excesso de trabalho o profissional é crucifixado. Lidar com a vida alheia é extremamente estressante então dedicar se  ao bem estar de próximo deveria automaticamente chamar a atenção das autoridades para as necessidade desta classe trabalhista quanto profissionais vitais para o bem da nação.

A principal questão é que o trabalho do enfermeiro não é qualificado como trabalho real afinal de contas o fruto de sua dedicação é chamado de serviço,o qual não é um produto palpável a não ser que seja mal realizado o que decorra no óbito do paciente só então o serviço do profissional da saúde é notado como fundamental a saúde nacional. O sacerdócio da dedicação ao outro deve ter a sua mão de obra qualificada a sua mais valia considerada através de cursos que atualizem o profissional e o qualifiquem. É triste não dar ao profissional o valor as obras de suas mãos e se apegar a um exercito de reserva mal preparado que denigre e cerceia o direito de lutar pelo justo.O enfermeiro não é apenas um auxiliar do médico sua especialidade é o cuidado e a observação da evolução dos sintomas, a prevenção o preparar-se ao que há de vir em patologias e não apenas observar e medicar. A Enfermagem é amor ao próximo, o cuidado integral e mais que tudo é ser profissional por tanto direitos trabalhistas e qualidade de vida no trabalho deveriam ser premissas a todos os profissionais da área.

No final da década de 1990, a NR 32 foi estabelecida, normatizando as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção em relação à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. As normas NR32 que tem como finalidade estabelecer as diretrizes básicas da implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde bem como daqueles que exercem atividades de promoção assistência à saúde em geral.Criadas para dirigir o trabalho do profissional de saúde nem sempre obedecidas servem para a proteção do profissional, de quem o mesmo cuida  e de quem está próximo aos mesmos. As regras de vestuário, utilização de APIs , procedimento, técnicas especificas para cada procedimento tem como finalidade a da preservação da segurança de todos.
Tendo como premissa a aplicação destas normas para  toda e qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

Os educadores de saúde esperam que, com suas ações, os trabalhadores se sensibilizem sobre o comportamento incorreto e os riscos em relação às doenças, a saber, que o mal uso dessas informações leva a um ônus primeiramente ao próprio trabalhador, e, em segundo plano, à equipe e instituição.

Cabe ao enfermeiro do trabalho o papel de encetar a aplicabilidade de um programa de orientação e esclarecimentos para a maior adesão dos trabalhadores à norma, a fim de diminuir e até mesmo extinguir os acidentes ocupacionais, tornando imprescindível sua participação nas medidas preventivas, a fim de proteger-se e manter um ambiente seguro para os demais trabalhadores.

A consulta de enfermagem é a ferramenta onde o enfermeiro do trabalho pode fazer uso para buscar dados referentes à saúde dos trabalhadores e assim elaborar programas específicos de saúde, porém pela busca do lucro, as instituições tentam mascarar algumas doenças ocupacionais para evitar transtornos, não percebendo que investir na prevenção é mais lucrativo. Esta situação reflete a insuficiência de fiscalização nas empresas.

A NR 32 atinge todos os profissionais ligados aos serviços de saúde e não é, como muitos pensam, uma norma específica aos profissionais de enfermagem. Ela define que todos os trabalhadores que exercem atividades nas edificações aqui já definidas, relacionadas ou não com a promoção e assistência à saúde, são abrangidos pela norma, pode-se citar como exemplo os profissionais de limpeza, lavanderia, reforma e manutenção.






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